Recentemente fui surpreendida pelas lindas paisagens de Porto Seguro. Engana-se quem pensa que a cidade é só balada e jovenzinhos querendo festa...lá é possível encontrar pedacinhos da história do nosso país e praias belíssimas pouco exploradas.
A viagem surgiu de última hora...uma espécie de férias curtas com meus pais, já que o Cássio estava viajando e não consegui embarcar com ele (o passaporte, depois de ter conseguido o visto americano realmente demora uns 10 dias para chegar em casa).
Primeira parada: praia de Taperapuã, onde ficava o nosso hotel (Hotel Girassol, do mesmo dono do Arcobalaco, qe apesar do atendimento bom e da piscina gostosa, têm quartos ruins, com colchões moles e ar condicionado em péssimas condições).
A praia de Taperapuã fica mais ao norte, no sentido de Cabrália. Taperapuã parece aquelas praias do litoral paulistano (cheia de quiosques e ambulantes), mas ao final dela é possível ver um mangue lindo. Em época de chuva (como Março), as águas do rio misturam-se com o mar, formando uma divisória entre eles.
Se quiser comer lá, prove o pescado com molho de camarão do Axé Moi, servido com arroz e pirão. O prato custa em média R$ 50 e serve 3 pessoas. Para quem curte balada, esse quiosque é o lugar onde tem shows a todo momento, com uma galera bastante animada.
À noite, fomos à Passarela do Álcool, que tem esse nome por ser local cativo das pessoas que procuram bebida. Hoje, essas barraquinhas se misturam com outras tantas de artesanato e restaurantes à beira da calçada. O local é bastante animado e as casinhas coloridas, dão um tom ainda mais tropical.
No segundo dia resolvemos ir para um lugar mais longe e sossegado: Espelho. A praia, localizada a aproximadamente 70 kms de Porto Seguro, tem estrada perigosa em época de chuva (risco grande de ficar com o carro atolado). Assim, consulte a meteorologia antes de ir...
Depois de 13 kms de estrada de terra, chegamos ao paraíso. Eleita pelo Guia 4 Rodas como uma das praias mais bonitas do Brasil, a praia faz juz à avaliação. Embora tenhamos ido em um dia em que o mar estava mexido (havia chovido em dias anteriores), a água é azul clarinha e tem um visual deslumbrante.
Para comer, sugiro uma visita ao restaurante `As Meninas´. Primeiro quiosque da praia, foi fundado pelo avô das meninas, que morou no vilarejo a vida toda. Prove o peixe (Dourado) na telha, servido com legumes, arroz, pirão e salada. Prato mais do que suficiente para 3 pessoas a R$ 90.
Na volta, passamos em uma lojinha de artesanato indígena. Para minha surpresa, havia uma preguiça...e mais: domesticada! Quando a dona a pegou no colo, perguntando se eu gostaria de segurá-la, ela esticou os bracinhos...parecia um bebezinho, como vocês podem conferir na foto...nunca vi coisinha tão fofa! By the way, o nome dela é Cristal...
No dia seguinte, fomos à Trancoso...um pouco mais perto que Espelhos, mas também com alguma estrada de terra.
Ficamos na praia dos Nativos (aconchegante, mas com ondas) e fomos visitar o Quadrado, com restaurantes bem bonitinhos e uma vista linda da praia que tínhamos acabado de ir.
Depois de Trancoso, fomos também para Arraial D´Ajuda. Passamos na praia de Taípe e logo depois, para o centrinho histórico, bem colorido e bonitinho.
No penúltimo dia, fomos para Santo André, em Cabrália. Localizado ao norte da orla, pegamos a estrada (toda asfaltada e em ótimas condições) e uma balsa. A praia é bastante extensa e no começo, quase sem quiosques. Mas basta andar na direção oposta ao rio (onde desemboca o rio Jequitinhonha), para ver alguns restaurantes mais chiques como o Casa Praia.
Santo André possui águas azuladas, mas em época de chuva, ela também se mistura à água do rio, deixando-a com uma cor marrom avermelhada. Não se preocupe: a água é limpa e é possível ver vários cardumes mesmo na água turva.
Há um recife bem no começo da praia e grandes bancos de areia, que dão a impressão de que estamos andando no meio do mar. Mas basta esperar algumas horas, para que a maré suba e não sobre vestígios de qualquer um deles.
Depois de Santo André, passamos por Coroa Vermelha, local onde foi celebrada a primeira missa no Brasil e há várias lojinhas de artesanato indígena. Embora bastante artificial, não vemos tantos produtos chineses (que inundaram as feirinhas livres das praias em geral). Lá é possível comprar colares lindos feitos de sementes e outros objetos de decoração para casa.
A praia também é uma das melhores para os banhistas que não curtem ondas.
Último dia: passamos a manhã em Taperapuã e comemos um delicioso bobó de camarão à beira-mar. Em seguida, voltamos para o hotel e fomos para o centro histórico de Porto Seguro.
Se você nunca foi, conheça - lá há o marco histórico da descoberta do nosso país e é possível conhecer suas curiosidades com um guia local (em média R$ 12/pessoa), visitando casinhas típicas (que embora pareçam pequenas, são super compridas), igrejas e ter uma bela vista da cidade.
Segundo ele, o termo ´as paredes têm ouvidos`, derivam dessa época, em que as casinhas eram construídas de forma germinada. Para quem mora em sobrado, sabe bem que as paredes têm ouvidos mesmo. E as casinhas eram construídas desse jeito porque era uma forma de uma construção se apoiar na outra.
O outro termo (que eu já tinha ouvido falar) é o `sem eira nem beira`, retratando as pessoas mais humildes já que as casinhas que não tinham o detalhe da beira no telhado.
Por fim, o termo `feito nas coxas´ também é dessa época, já que os escravos eram de tamanhos diferentes e as telhas, feitas nas coxas, acabavam tendo esse resultado.
Mais informações:
Para comer:
Porto Seguro: Espaço Taperapuan - criado por um sonhador que largou Goiânia e foi se aventurar em Porto Seguro. Pratos bem servidos e uma entrada especial (fogazza feito com parmesão, sal grosso, alecrim e molho de tomate) vão muito bem com uma cerveja bem gelada!
Praia de Taperapuan, km 67,5 - em frente ao Axe Moi
Praia do Espelho: Restaurante das Meninas
Tel:(73) 9964-5554
Fecha aos domingos
Santo André
Restaurante da Tia Carmem (desde 1985): queridinha de famosos como Marisa Orth e Detonautas, tia Carmem é uma cozinheira de mão cheia e já ganhou o concurso regional de melhor moqueca!
www.restaurantetiacarmem.wordpress.com
Mochila nas costas e espírito de aventura. Foi assim que a publicitária com alma de jornalista resolveu ampliar sua bagagem cultural.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Sossego em Porto Seguro
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sábado, 20 de março de 2010
Especial Verão Terra
Amigos,
Nesses últimos dias escrevi alguns textinhos para o Portal Terra que foram publicados. Eles foram feitos especialmente com algumas dicas de acessórios desta estação e são fruto do trabalho de pessoas que eu realmente acredito.
Aí vão os links. Espero que gostem!
Bjos,
Luciana
Bolsas de tecido
Eu vejo flores em você
sexta-feira, 5 de março de 2010
Porta-livros
Você conhece o Pilico?
Já ouviu falar no Pilico & Bia?
Pilico é o apelido de José Rubens Le Sueur e a Bia é sua simpática esposa. Restaurante especializado em frutos do mar, o Pilico & Bia está localizado nos arredores do shopping Eldorado, em uma casinha no bairro de Pinheiros.
Lá você se sente em casa mesmo: não há garçons e nem é cobrado os 10% de serviço. Pilico é quem cozinha e Bia é quem serve os clientes. Bebidas, você pode retirar na geladeira, pegar os copos na cristaleira e se servir.
Embora seja um restaurante modesto, a comida é divina. Seu prato mais conhecido, a moqueca de lagosta custa R$ 78 para duas pessoas (que comem bem) e já ganhou vários prêmios da mídia especializada. Prêmio merecido, por sinal.
Outros dois pratos que provei (todos deliciosos) foram polvo à provençal (R$ 54,00 para duas pessoas), que é cozido com vinho e acompanha batatas souté; e bobó de camarão graúdo (R$ 65,00 para duas pessoas). Ambos acompanham arroz e farofa à manteiga.
Como aperitivo, provem o bolinho de robalo. Uma delícia!
Mais informações:
Pilico & Bia
R. Diogo Moreira, 296 - Pinheiros
Telefone: 3814-2283
Obs: pagamento somente em dinheiro ou cheque
Obs2: recentemente fui lá num sábado à noite e o lugar estava fechado. Vale a dica.
Matérias já publicadas:
Folha de SP
Guia da Semana
Pilico é o apelido de José Rubens Le Sueur e a Bia é sua simpática esposa. Restaurante especializado em frutos do mar, o Pilico & Bia está localizado nos arredores do shopping Eldorado, em uma casinha no bairro de Pinheiros.
Lá você se sente em casa mesmo: não há garçons e nem é cobrado os 10% de serviço. Pilico é quem cozinha e Bia é quem serve os clientes. Bebidas, você pode retirar na geladeira, pegar os copos na cristaleira e se servir.
Embora seja um restaurante modesto, a comida é divina. Seu prato mais conhecido, a moqueca de lagosta custa R$ 78 para duas pessoas (que comem bem) e já ganhou vários prêmios da mídia especializada. Prêmio merecido, por sinal.
Outros dois pratos que provei (todos deliciosos) foram polvo à provençal (R$ 54,00 para duas pessoas), que é cozido com vinho e acompanha batatas souté; e bobó de camarão graúdo (R$ 65,00 para duas pessoas). Ambos acompanham arroz e farofa à manteiga.
Como aperitivo, provem o bolinho de robalo. Uma delícia!
Mais informações:
Pilico & Bia
R. Diogo Moreira, 296 - Pinheiros
Telefone: 3814-2283
Obs: pagamento somente em dinheiro ou cheque
Obs2: recentemente fui lá num sábado à noite e o lugar estava fechado. Vale a dica.
Matérias já publicadas:
Folha de SP
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