quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cuba - primeiras histórias

A viagem que fiz para Cuba foi uma das experiências mais diferentes que já vivi. Na aterrisagem, o primeiro susto: o avião pegou um vento lateral e teve que arremeter.

Já em solo, a segunda surpresa: havia perdido meu passaporte! Após vários minutos procurando nas malas e no avião (voltei duas vezes depois de ter desembarcado), pensei que teria que voltar para o Brasil, sem sequer ter tido o gostinho de conhecer o país. Por sorte (viva São Longuinho e meu marido), encontrei o passaporte junto à trava da mesa!

Ao pegarmos nossa mala, a terceira surpresa chata: ela estava rasgada. Ao reclamarmos para a companhia aérea (Copa Airlines), eles nos direcionaram ao atendente do aeroporto, que muito calmamente nos informou: `não podemos fazer nada...se vocês quiserem reclamar, podem reclamar, mas isso somente entrará para as estatísticas´.

E esta foi a primeira impressão que tive do lugar: se aqui no Brasil sentimos que nossos direitos de consumidor não são bem atendidos, em Cuba isso é multiplicado por 2 - com salários baixos e sem incentivo nenhum, os cubanos não ligam a mínima para a qualidade do serviço que estão te oferecendo. Assim, você sente literalmente que não tem alternativa.

Pegamos um táxi até a casa particular (como eles chamam a casa de família) em que ficamos hospedados e conhecemos o simpático Jorge, sua esposa Lisbette e seu filhinho Edgard. Jorge é segurança do escritório de interesses americanos e Lisbette é ortodontista. Vivem em um apartamento confortável de um andar no centro de Havana, que conta com 3 dormitórios (sendo duas suítes), uma sala e uma cozinha. O apartamento tinha uma fachada da época colonial (pé direito altíssimo, portas altas - com entrada de fundo bem baixinha, como vcs podem conferir na foto) e escada toda em mármore, com azulejos espanhóis.





A arquitetura desse bairro, assim como de toda a cidade é bem bonita, apesar de mal conservada. Segundo dizem os livros (e vimos algumas reformas em andamento), o governo promete reverter a situação, destinando 45% de toda a receita arrecadada (USD 160 milhões em 2009) em projetos de restauração (os 55% restantes vão para ações sociais).

Mais informações
Margot homestay - Jorge Luis Gonzalez Saura (casa particular)
Diária: a partir de CUC (=USD) 25 (se for via internet - hostel - USD 30)
Calle Consulado, 13 ap 5 (Prado y Genios)- Habana Centro - a uma quadra do boulevard Prado e a poucas quadras do Capitólio
Tel: (53-7) 867 6534
Cel: (53 7) 05 451660
Email: jorgesaura_gonzalez@hotmail.com


Obs: Jorge e Lisbette são muito amáveis e gostamos tanto da sua hospitalidade que, ao voltar para a cidade (durante nosso itinerário voltamos duas vezes para Havana), optamos por continuar lá e não em outras casas como inicialmente tínhamos planejado.

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